Pequenas atitudes, como fazer as refeições juntos e olhar nos olhos enquanto conversam fazem a diferença na relação entre você e seu filho.
A importância de pais presentes na vida dos filhos
Parece consenso dizer que pais presentes na vida dos filhos é algo fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. No entanto, seja por causa da vida contemporânea atribulada ou por qualquer outro motivo, como uma separação, pais e mães acabam terceirizando o cuidado e a educação de suas crias.
Para tranquilizar um pouco os adultos que se identificam com a situação, o pediatra Benjamin Siegel afirma que não só os pais, como também avós e até mesmo tios são figuras importantes de estarem presentes desde o início da vida. “A criança precisa de suporte psicológico. E isso pode ser provido por quaisquer pessoas, contanto que estejam preparadas”
Pais e filhos mais juntos
Um estudo da Universidade McGill, no Canadá, avaliou 26 mil adolescentes de 11 a 15 anos e concluiu que fazer refeições em família regularmente os ajudou a se sentirem mais confiantes. Afinal, sentar-se à mesa para comer é uma oportunidade de socializar com o jovem e descobrir eventuais alterações no seu comportamento. Entretanto, não são apenas jantares ou almoços que contam. “O que importa é realizar atividades que reúnam a família com frequência e que não disputem a atenção com o celular ou a televisão”, prescreve o psicólogo Frank Elgar, um dos que assinaram o trabalho.
Patrícia Camargo, uma das responsáveis pelo blog Tempo Junto, dá dez dicas para haverem mais pais presentes na vida de seus filhos:
- Leve um desenho ao invés de um presente
- Faça um calendário do tempo que passará fora
- Olhe no olho do seu filho enquanto vocês conversam
- Ignore as tarefas da primeira hora do dia
- Demonstre estar atento
- Veja fotos de família
- Marque um encontro
- Sente no chão e convide seu filho para brincar
- Deixe bilhetes em lugares inusitados
- Diga para o seu filho o quanto ele importa
E no caso de uma separação?
Como preservar as crianças quando os pais se separam? O primeiro cuidado é evitar discussões sobre partilha de bens, pensão e visitas perto delas. E só contar sobre a decisão quando ambos tiverem certeza. Para a Psicóloga Rosely Sayão, “quando um casal se une e decide ter filhos, ambos deveriam se lembrar que existe ex-marido e ex-mulher, mas não ex-filho. É preciso que a criança tenha essa garantia de crescer e se desenvolver na companhia dos dois pais. Cada pessoa tem um estilo de ver a vida, um estilo de amar, de dar bronca, de ter paciência ou impaciência. É importante que a criança conviva com esses dois estilos diferentes, do pai e da mãe, porque dessa forma ela aprende a se relacionar com pessoas distintas e a reconhecer a diferença.
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